POLICIA QUER SABER SITUAÇÃO DOS EXTINTORES
Delegado também quer informações sobre o sistema de hidrante
O delegado João Lafayette Sanches Fernandes, que preside o inquérito do incêndio no Shopping Azul, quer saber quantos extintores o centro
popular de compras de Rio Preto tinha antes da tragédia e qual a condição de uso deles.
"Precisamos saber qual a quantidade de extintores para saber se era suficiente e se os equipamentos estavam dentro do prazo de validade,
para que pudessem ser usados para apagar fogo", diz o delegado, que enviou ofício à Prefeitura com os questionamentos.
Também será questionado dentro do inquérito a falha do sistema de hidrantes, durante o combate às chamas. Segundo o Semae, os
equipamentos não funcionaram porque "devido à queda de pilares e vigas do prédio, causada pelo incêndio, toda a tubulação ligada à caixa
d'água do prédio foi rompida," informou em nota.
Na terça-feira, 26, Lafayette já ouviu em depoimento o presidente da Associação dos Lojistas do Shopping Azul, João William Nascimento
Ferreira, para colher um relato das condições de funcionamento do centro comercial.
"O presidente chegou um tempo após o início do incêndio, mas não viu como começaram as chamas. E falou do que tinha do shopping.
Nesta quarta-feira, 27, vamos ouvir o vigia, Antonio Marcos Gutierrez, que foi a primeira pessoa a ver o foco do incêndio. É um depoimento
muito importante para a investigação."
Lafayette não descarta a possibilidade de convocar para depoimento a direção da Empresa Municipal de Urbanismo de Rio Preto (Emurb)
para pedir esclarecimentos quanto ao funcionamento do prédio e as condições de segurança contra incêndio.
Também na terça-feira, 26, o promotor de Justiça Sérgio Clementino enviou notificações para a direção da Emurb para questionar sobre o
Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), que estava vencido desde 2017. A autarquia tem 15 dias para responder.
"A Emurb é gestora do Terminal Rodoviário. A princípio, os investigados são a Emurb e a Prefeitura. Eu quero resposta quanto ao alvará
vencido e também referente à interdição e funcionamento da Rodoviária. Cabe a eles darem as alternativas viáveis", diz o MP.
Clementino quer também ouvir a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) para saber se a água que escorreu do combate ao
incêndio para as galerias pluviais causou algum tipo de dano ambiental ao rio Preto. "Como tem resíduos tóxicos, quero saber se por acaso
teve algum tipo de contaminação no córrego ou do solo. É uma cautela a mais. Já tivemos precedentes com acidente ferroviário, que acabou
contaminando o córrego. É preciso checar, para adotar as providências", diz. Ele que solicitou por ofício o envio de um relatório detalhado
sobre a operação de combate ao incêndio.
A depender da resposta da Emurb e da Prefeitura com relação ao vencimento do alvará, o promotor vai questionar os bombeiros com relação
à fiscalização das condições do prédio.
O sonho que não se extinguiu
O cenário é devastador. Transcorridas 72 horas do incêndio que destruiu o Shopping Azul, o espaço popular de compras que ficava localizado
sobre o prédio da rodoviária de Rio Preto, tudo o que se pode ver é o que, na verdade, não está mais lá: sonhos e planos consumidos no calor
das chamas, empregos e oportunidades que se esvaíram com a fumaça do fogo inclemente que queimou quase tudo que ali havia por cerca
de cinco horas até ser debelado.
Chama atenção que em meio à pilha de ferros retorcidos e das ações que ficaram expostas mediante o calor extremo, ironicamente uma
das poucas coisas quase intactas naquele lugar tenha sido um extintor. Fixado a uma parede de azulejos azuis, como azuis eram as antigas
lonas que zeram germinar os sonhos dos 163 lojistas, o extintor resistiu. Da mesma forma que aquelas pessoas pretendem resistir, pra levar
o seu sonho adiante.
Placas no antigo terminal
A Empresa Municipal de Urbanismo (Emurb) instalou placas provisórias no antigo terminal de Rio Preto informando os locais de embarque e
desembarque dos ônibus rodoviários e intermunicipais. Devido ao incêndio no Shopping Azul e a interdição na Rodoviária, o local está sendo
usado para o serviço.
Nas faixas externas do antigo terminal, estão as plataformas dos ônibus que percorrem distâncias de até 50 quilômetros de Rio Preto. Nas
faixas do centro, estão ônibus rodoviários e interestaduais.
As passagens estão sendo vendidas em guichês montados dentro do local onde funcionará provisoriamente a Rodoviária de Rio Preto.
Empresas recomendam que, caso seja possível, os passageiros comprem as passagens com antecedência via internet, para evitar
aglomeração no momento do embarque.
Ainda não previsão de quando será possível retomar o uso da Rodoviária de Rio Preto
Fonte: Diário da Região
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