Dicas para Implantação da Sinalização de Emergência

A sinalização de emergência é uma das principais medidas de proteção passiva contra incêndio em edificações.


A sua correta implantação auxiliará para que o local consumido pelas chamas seja evacuado e a ação do Corpo de Bombeiros iniciada.

Pensando nisso, serão apresentadas 10 dicas relevantes para auxílio no momento da implantação da sinalização de emergência.




1. O que é a sinalização de emergência


Antes do início do processo de implantação da sinalização de emergência, recomenda-se que o profissional da área conheça o seu conceito para auxiliá-lo durante o processo de tomada de decisão com relação aos materiais e sinais apropriados para a edificação, escolha de fornecedores, entre outros; para a decisão sobre a escolha das soluções de sinalização mais adequadas à edificação em questão.


Sinalização de emergência é o conjunto de sinais com características próprias, que foi criado para reduzir o nível de risco de incêndio, o risco de acidentes provocados por perigos existentes e para diminuir o tempo de atendimento dos primeiros socorros ou o tempo de intervenção em caso de incêndio ou de outro sinistro. A sinalização de emergência alerta os usuários quanto aos riscos existentes nos locais estratégicos, garantindo a possibilidade de que sejam adotadas ações adequadas às situações de risco, que orientem as ações de combate e facilitem a localização dos equipamentos e das rotas de saída para o abandono seguro da edificação em caso de incêndio.





2. Onde utilizar a sinalização de emergência


Os vários modelos de sinais que compõe a sinalização de emergência devem ser implantados de acordo com as características de uso e dos riscos, assim como em função das necessidades básicas para a garantia da segurança contra incêndio na edificação.

A sinalização básica, que é a sinalização mínima necessária, deve estar presente nas edificações onde são obrigatórias por força de norma ou lei, saídas de emergência para uso coletivo e instalação de equipamentos e sistemas de proteção contra incêndio.



3. Classificação da sinalização de emergência


A sinalização de emergência é classificada entre sinalização básica, que é o mínimo de sinalização exigido nas edificações; e a sinalização complementar, que no segundo caso, complementa a sinalização básica em situações específicas.


Sinalização básica

A sinalização básica trata do que é necessário para estar em conformidade com a legislação. São sinais que visam à segurança dos usuários do espaço, com símbolos específicos, cores, formas e letras padronizadas. Ela é composta por 4 categorias:

1-Proibição

Utiliza forma geométrica circular com barra na diagonal na cor vermelha, com pictograma na cor preta e fundo branco. O uso da cor vermelha é obrigatório para transmitir a mensagem de que é estritamente proibido realizar aquela ação.



2-Alerta

Forma geométrica triangular na cor preta com fundo amarelo. Esta sinalização alerta ao usuário sobre áreas e materiais com potenciais riscos no local.



3-Orientação e Salvamento

Os sinais de orientação e salvamento possuem formato retangular. A cor verde determina a direção das rotas de saída de emergência e a sinalização visa indicar as rotas de fuga assim como as ações necessárias para seu acesso e uso.




4-Identificação de Equipamentos

A cor vermelha e o formato quadrado ou retangular servem para chamar atenção do usuário quanto à localização e os tipos de equipamentos de combate a incêndios e alarmes disponíveis.


 

4. Dimensões e distâncias de observação da sinalização


A dimensão dos sinais é definida pela distância máxima a qual devem ser visualizados. Devem possuir dimensões adequadas às características das instalações onde serão instalados.

Os exemplos a seguir indicam as distâncias de observação dos sinais em função de suas dimensões, segundo as fórmulas mencionadas na norma brasileira ABNT NBR 16820 que entrou em vigência no mês de setembro de 2020, em substituição da NBR-13434 partes 1, 2 e 3.




Exemplo de dimensionamento da sinalização em função da distância de observação



5. O que é a sinalização de emergência


Os tipos de fixação disponíveis para a sinalização de emergência possuem variáveis que seguem e auxiliam as normas técnicas e solucionam as necessidades e peculiaridades encontradas nas edificações para melhor visualização dos sinais. Seguem as soluções em fixação:

· Paralela à Parede


A sinalização possui apenas uma face para aplicação paralela à parede. O sinal é visível apenas de frente. No momento da instalação da placa, considera-se sempre a área de visibilidade de 90 ᵒ.

 


· Perpendicular à Parede


A sinalização perpendicular à parede trata da sinalização de duas faces para aplicação de forma perpendicular à parede. O sinal é visível apenas dos lados e não de frente. Esta solução é ideal para instalação em corredores.




· Suspensa de Teto


A sinalização suspensa de teto possui duas faces para aplicação. Os sinais são fornecidos com 2 furos para aplicação de cabos ou correntes de suspensão. Esta solução é recomendada para instalações em ambientes que não possuem paredes para fixação.




· Panorâmica ou Angular


A sinalização panorâmica ou também chamada de angular, entre todos os modelos, possui duas faces que garantem uma visualização de 180º. O sinal é visível de frente e dos lados.



6. Requisitos de desempenho da sinalização


Atualmente alguns sinais são encontrados facilmente em diversos tipos de estabelecimentos comerciais, mas o que poucos sabem é que esse tipo de material pode estar fora das normas estipuladas pelo Corpo de Bombeiros e ABNT. A falta de conhecimento das normas e do material correto pode acarretar em uma série de malefícios, tanto para o fornecedor que comercializa essas placas, composto por material inadequado, quanto para o usuário que, ao optar por uma sinalização de preço inferior, acaba se arriscando ao adquirir um material que pode ser inútil ou até mesmo nocivo para a saúde e segurança dos usuários.


Os materiais utilizados na composição da sinalização de emergência devem atender características como:

· Dispor de resistência mecânica;

· Possuir espessura suficiente para que não sejam transferidas para a superfície da placa possíveis irregularidades das superfícies onde for aplicadas;

· Não propagação de chamas;

· Resistir a agentes químicos e limpeza;

· Suportar água e

· Resistir ao intemperismo.

Em relação a pintura dos sinais e películas, as tintas devem ser atóxicas e não radioativas, atendendo às propriedades colorimétricas, e possuir resistência mecânica.



7. Fotoluminescência na sinalização de emergência


Em casos de incêndio, uma das primeiras medidas a serem tomadas para segurança dos usuários é o desligamento da energia elétrica. Isso significa que em um ambiente fechado, é necessário ter sinais visíveis que indiquem a saída do local. Justamente por esse motivo, a norma da ABNT NBR-16820 determina que boa parte da sinalização necessita ser de material fotoluminescente.




Sinalização Fotoluminescente


O que é fotoluminescência?

Determinados elementos possuem a propriedade fotoluminescente, ou seja, eles conseguem emitir radiação luminosa após serem submetidos a uma fonte de excitação externa. Quando expostas a fontes de luz, seja natural ou artificial, armazenam energia. Quando há ausência de luz, eles liberam toda a energia que foi acumulada em luz visível, possibilitando enxergar a sinalização no escuro.

Em casos de risco de incêndio, assim que se inicia o procedimento de emergência e a energia elétrica é desligada, as placas fotoluminescentes irão exibir a mensagem de segurança. E por esse motivo existem requisitos de desempenho afim de garantir as boas condições de visualização:

A NBR 16280 define luminância mínima das placas fotoluminescentes para os primeiros 10 minutos após ausência da iluminação, para os 60 minutos e ainda o tempo em minutos ao qual a sinalização deve ser visível ao olho humano. Os primeiros 10 minutos é o tempo estimado para o abandono do local e os 60 minutos o tempo necessário para auxiliar a equipe de resgate e bombeiros na identificação dos equipamentos de combate e alarmes, assim como no auxílio na localização de vítimas. A autonomia é o tempo pelo qual decorrerão as operações para auxílio na identificação de sobreviventes e corpos próximos das sinalizações em caso de sinistros com vítimas.


Se os materiais utilizados para a fabricação das placas não seguirem essas normativas, a sinalização será inútil em ambiente escuro, podendo causar a morte ou ferimento de pessoas, além do aumento de chances da deterioração do patrimônio consumido pelas chamas.



8. Marcação rotulagem e embalagem da sinalização



Segundo NBR-16820, todos os elementos de sinalização devem ser identificados na sinalização, de forma legível, na face exposta, juntamente com a identificação do fabricante, podendo ser o nome ou o número do CNPJ ou a marca registrada do fabricante.

A sinalização que não possuir estas informações estará em desacordo com os padrões normativos.






No momento da implantação da sinalização de emergência é necessária muita atenção, pois são facilmente encontradas no mercado placas totalmente em desacordo com as exigências previstas em norma.

A falta de conhecimento técnico e do material apropriado pode acarretar uma série de problemas, tanto para o fornecedor que comercializa placas falsificadas, compostas por materiais inadequados, quanto para os consumidores que, ao optar pela aquisição de placas simplesmente em função do preço baixo, acabam se arriscando ao adquirir placas que podem não atender aos critérios de segurança, colocando em risco a sua vida e a dos usuários da edificação.

Por este motivo é de suma importância que o profissional decida pela escolha de um fabricante que proporcione uma certificação de qualidade ao invés de um simples laudo técnico e que ofereça uma garantia proporcional com o período pelo qual o usuário esteja disposto para não sofrer com inconvenientes de recompras de material.

Um laudo de ensaio não é mais do que o resultado de uma simples medição de uma placa e por si só não garante a qualidade. Já a certificação, é emitida por uma entidade certificadora reconhecida, sob um procedimento de certificação que se apoia em evidências do atendimento dos requisitos aplicáveis. A certificação de produto é a melhor garantia de que a sinalização esteja em conformidade com os requisitos aplicáveis e que é produzida segundo um processo de fabricação controlado e avaliado.



A escolha dos modelos dos sinais que serão utilizados para a sinalização da edificação é extremamente importante, pois a escolha correta proporcionará o correto funcionamento do sistema de sinalização de emergência.





Fonte: Everlux (NBR-16820:2020 da ABNT e IT-20 do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo.)





Consulte o MESTRE: www.casadoextintor.com.br
whatsapp: 114963-3456 / 96456-1497

Postagens mais visitadas deste blog

AbrilAzul - Autismo

Dia 01 de maio - Dia do Trabalhador

Mais um CLCB emitido - Farma&Cia

Bombeiros notificam fábrica clandestina

Incêndio Fábrica de tapete

Fraude no Manômetro

Hospitais Públicos sem Atestado dos Bombeiros

Principio incêndio TV Globo

Casas André Luiz pega fogo

Incêndio na Biblioteca Jagger