Depoimento - Boate Kiss

 Extintor que não funcionou na Kiss foi usado 2 dias antes, diz ex-segurança

Funcionário foi o primeiro a depor na fase de testemunhas do processo.
À tarde, foi ouvido um pedreiro que é primo de sócio acusado de homicídio.




O extintor de incêndios que falhou na madrugada de 27 de janeiro na boate Kiss, em Santa Maria, onde um incêndio provocou 242 mortes, havia sido usado em uma celebração dois dias antes da tragédia ocorrida na cidade da Região Central do Rio Grande do Sul. A informação foi dada nesta quinta-feira (22) pelo ex-segurança da casa noturna Azarias Vidal do Nascimento em depoimento à Justiça.

Nascimento foi apresentado como testemunha pela acusação. São réus por homicídio doloso, por dolo eventual, os ex-sócios da boate Elissandro Spohr, o Kiko, e os integrantes da banda Gurizada Fandangueira Marcelo de Jesus dos Santos, vocalista, e Luciano Bonilha Leão, considerado o produtor do grupo.

Segundo o relato de Nascimento, um funcionário da boate apertou o extintor duas vezes para comemorar o aniversário de uma colega. O equipamento foi recolocado perto do palco, mas, segundo o ex-segurança, seria trocado na semana seguinte. A testemunha garantiu que o equipamento foi o mesmo que o vocalista do grupo tentou acionar quando o fogo teve início no teto da boate. O juiz responsável pelo processo criminal, Ulysses Fonseca Louzada, decidiu que ele seria ouvido como informante e não como testemunha após ele ter relatado que perdeu um enteado no dia da tragédia.

O depoimento de Nascimento foi o primeiro desta quinta, dia em que teve início a fase em que as testemunhas são ouvidas pelo magistrado. O segundo depoente foi o gerente da loja onde foi comprado o artefato pirotécnico usado por Marcelo dos Santos, que deu início às chamas. Ele esclareceu dúvidas sobre o uso do produto.

Outras duas pessoas depuseram. Entre elas, o primo de Spohr que trabalhou em reformas da casa noturna. Segundo ele, obras pequenas não tinham projetos de engenharia.

As audiências continuam na sexta-feira (23) e nos dias 30 de maio e 10 de junho. Três sobreviventes que moram em outros estados serão ouvidos por meio de carta precatória. Uma delas já está marcada e será na cidade de Colombo, no Paraná, no dia 21 de agosto, às 15h45. As demais serão realizadas em Teresina, no Piauí, e em Tubarão, em Santa Catarina, em datas ainda a serem marcadas. Para facilitar a condução do processo, o Conselho da Magistratura (COMAG) do Tribunal de Justiça autorizou que o Juiz Ulysses Louzada presida as cartas precatórias.

O processo ainda está na fase de instrução, ou seja, produção de provas e oitivas de testemunhas. Até o momento, o magistrado já ouviu 111 sobreviventes do incêndio. O processo criminal já ultrapassa 11 mil páginas.


Entenda
O incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, na Região Central do Rio Grande do Sul, ocorreu na madrugada do dia 27 de janeiro de 2013. A tragédia matou 242 pessoas, sendo a maioria por asfixia, e deixou mais de 630 feridos.

O fogo teve início durante uma apresentação da banda Gurizada Fandangueira e se espalhou rapidamente pela casa noturna, localizada na Rua dos Andradas, 1.925.

O local tinha capacidade para 691 pessoas, mas a suspeita é que mais de 800 estivessem no interior do estabelecimento. Os principais fatores que contribuíram para a tragédia, segundo a polícia, são: o material empregado para isolamento acústico (espuma irregular), uso de sinalizador em ambiente fechado, saída única, indício de superlotação, falhas no extintor e exaustão de ar inadequada.

Ainda estão em andamento dois processos criminais contra oito réus, sendo quatro por homicídio doloso (quando há intenção de matar) e tentativa de homicídio, e os outros quatro por falso testemunho e fraude processual. Os trabalhos estão sendo conduzidos pelo juiz Ulysses Fonseca Louzada. Sete bombeiros também estão respondendo pelo incêndio na Justiça Militar. O número inicial era oito, mas um deles fez acordo e deixou de ser réu.

Entre as pessoas que respondem por homicídio doloso (com intenção), na modalidade de "dolo eventual", estão os sócios da boate Kiss, Elissandro Spohr (Kiko) e Mauro Hoffmann, além de dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira, o vocalista Marcelo de Jesus dos Santos e o funcionário Luciano Bonilha Leão. Os quatro chegaram a ser presos nos dias seguintes ao incêndio, mas a Justiça concedeu liberdade provisória aos quatro em maio do ano passado. Entre os bombeiros investigados, está Moisés da Silva Fuchs, que exerceu a função de comandante do 4° Comando Regional de Bombeiros (CRB) de Santa Maria.

Atualmente, a Justiça está em fase de recolher depoimentos dos sobreviventes da tragédia. O próximo passo será ouvir testemunhas. Os réus serão os últimos a falar sobre o incêndio ao juiz. Quando essa fase for finalizada, Louzada deverá fazer a pronúncia, que é considerada uma etapa intermediária do processo.

Fonte G1

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